As dores no pescoço (cervicalgias), são a 4ª (quarta) causa de incapacidade no mundo. Atinge cerca de 40% da população adulta, mais comum no sexo feminino, pessoas com idade mais avançada e alta incidência de alterações nos fatores psicológicos e sociais. SAIBA MAIS
As cervicalgias na sua grande parte são de origem idiopática, quer dizer não possuem uma causa definida. Por isso entender os fatores biopsicossociais é de suma importância para nortear quando a possível causa dessa dor.
O que os estudos científicos mostram é que altas demandas de trabalho, o isolamento social, ansiedade, medo e estresse são alguns dos fatores que esses pacientes que apresentam o quadro de cervicalgia apresentam quando chegam no consultório fisioterapêutico.
De acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade a CIF, as dores na região cervical foram divididas em subgrupos. SAIBA MAIS
Esses subgrupos são:
DOR COM DÉFICIT DE MOBILIDADE: o paciente refere dor na cervical ou região torácica.
Caracteriza-se por redução da mobilidade associada a alterações da função.
Objetivo Principal – melhorar a amplitude de movimento das vértebras cervicais, reduzir a dor e a incapacidade;
O que você pode identificar nesse paciente é que sua idade é menor do que 50 anos;
Os sintomas estão presentes a menos que 12 semanas;
Dor cervical local e unilateral com ou sem queixas de irradiação para Membro Superior está presente no 1/3 do braço.
Queixas de restrição de Mobilidade do Pescoço;
- Para esse tipo de paciente é importante a prescrição de exercícios para Mobilidade Torácica, Controle Motor Cervical e Exercícios Aeróbicos de baixo impacto.
Promover mobilidade da região cervicotorácica, cervical, e torácica e costelas.
TRATAMENTO:
- Auto alongamento;
- Auto mobilização;
- Controle motor;
- Endurance;
- Fortalecimento;
Dê muita importância as Escalas de Avaliação, a História e ao Exame Físico do paciente;
DOR CERVICAL COM DISFUNÇÕES NO CONTROLE DO MO
Paciente relata dor cervical persistente há pelo menos 3 meses – há prevalência de déficit de controle motor, endurance e força muscular. Proveniente de algum trauma direto no pescoço; seguido de um período longo de imobilização.
Este paciente apresenta sinais e sintomas de compressão radicular, não tem cefaleia e os sintomas persistem há mais de 30 dias.
CONDUTA
- Exercícios sempre indolores e específicos para as alterações apresentadas e à função motriz, com ênfase no controle e precisão;
- Treino funcional e específico para as tarefas propostas;
- A repetição é necessária para o MO correto;
- A educação e adesão do paciente são componentes vitais;
DOR CERVICAL COM DOR REFERIDA IRRADIADA PARA O MEMBRO SUPERIOR
Pacientes que apresentam irradiação para o membro superior com sintomas na escápula e extremidade do MS.
COEXISTINDO COM:
- Déficit de força nos miótomos afetados;
- Redução de sensibilidade no padrão dermatogênico e hiporreflexia
O que caracteriza esse subgrupo é a dor irradiada para o membro superior associada a limitações funcionais;
Diagnóstico – os exames de imagem não são tão eficientes, mas a eletroneuromiografia é de boa acurácea; Porém é de alto custo e muito doloroso.
Conduta
Mobilização articular da torácica e cervical, exercícios neurodinâmicos
DOR CERVICAL COM CEFALÉIA
Paciente apresenta hipomobilidade das vértebras cervicais alta e déficit de força de flexores cervicais profundos, com restrição de movimento.
O que você buscará com esse paciente é a redução do quadro álgico da cervical e a cefaleia, mas também promover ganho de ADM e redução da incapacidade.
As cefaleias de origem cervicogênicas atingem cerca de 15 a 20% da população adulta e acomete 4x mais mulheres.
Caracteriza-se por dor predominantemente unilateral, afetando a cabeça e a face, comumente referida na região occiptal, frontal, retro-orbital, em alguns casos com relatos de desconforto nos membros superiores
Lembre-se!
Nada Substitui uma Boa Avaliação! Um bom fisioterapeuta por lhe oferecer as melhores orientações e condutas para seu caso.
Abraço!